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CULTURA

quando o jovem Kim sumiu

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos


olá, miúdo! ninguém sabe de ti e viraste preocupação comum. andam todos numa fona a tentar adivinhar o teu paradeiro, aqui ou além. pelo que vou ouvindo, depois de teres atirado um tio aos cães, exterminaste mais uns quantos suspeitos depois ressuscitados em paradas militares, enquanto a tia mulher do tio devorado aparecia ao teu lado, já não me lembro se a disparar mísseis se a tricotar engodos de apoio à sobrinha, tua irmã, uma possível candidata à tua sucessão, se bem que, por essas paragens, segundo os serviços de inteligência de todo o mundo, as mulheres tenham má sina, o que é mau, porque, tanto quanto se sabe, os teus três filhos são pequenos, ou seja, é um problema sucessório e, portanto, afinal, talvez a mana, se, porventura, te deu o badagaio, seja a mais indicada para assegurar a transição enquanto camarada regente à espera de outro Kim que cante. bem, miúdo, para te ser franco nunca me inspiraste grande confiança. essa coisa de uma monarquia comunista não me entra na cabeça. mas também não me entram na cabeça muitas outras coisas como, por exemplo, tratar a covid-19 com lixívia. olha, por mim, ficas lindamente em cima do teu cavalo branco, tens pinta de ícone pop com estrelinha e martelo a condizer e, francamente, bem podias dispensar-te das outras bizarrias que ninguém te levaria a mal. ainda assim, tenho de reconhecer o fascínio do mistério de ninguém saber de coisa nenhuma a teu respeito, salvo atirares tios à voracidade de cães esfomeados, parece.

 
 
 

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

Estático
Iluminação Camera

Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

televisão sillouhette

Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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