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CULTURA

O Poeta

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 3 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura


Há quase 30 anos, fiz para a RTP dois pequenos filmes sobre Eugénio de Andrade. Foram exibidos como sendo duas partes de um mesmo documentário. A primeira, muito por vontade do próprio, intitula-se O Poeta. À segunda, por decisão minha e com agrado dele, chamei Rosto Precário, nome de um dos seus livros. Um destes dias contarei como foi conviver e trabalhar com Eugénio de Andrade durante meses, um homem de quem um outro amigo meu, o jornalista e escritor Viale Moutinho, disse um dia tratar-se de uma mistura de brutalidade e ternura.


Fui rever O Poeta aos arquivos da RTP pela simples razão de um dos testemunhos ser de Eduardo Lourenço. Foi nessa altura que o conheci. Fiquei assombrado com o seu modo de habitar a poesia de um modo geral e a poesia de Eugénio de Andrade em particular. Apesar de conhecer muitos artistas, escritores, ensaístas e poetas, nunca ninguém me falara assim tão rigorosa e profundamente, despretensiosamente, como se a poesia fosse uma coisa tão natural e essencial quanto o ar que se respira.


O depoimento de Eduardo Lourenço, como outros, teve de ser reduzido em função da estratégia narrativa. Como se sabe, nestas coisas, há sempre necessidade de fazer uma seleção. Mas tenho consciência de que muito do que ficou de fora, só por si, daria um bom programa de televisão.


Já agora, quase 30 anos depois de fazer os dois documentários, continuo a visitar assiduamente Eugénio de Andrade. É um dos meus preferidos. Ele, Maria Barroso, Eunice Muñoz e João Perry fazem a leitura dos poemas. Agustina e Baptista-Bastos também passam por lá. E, claro, Mário Soares…


Estando interessados, podem ver O Poeta aqui.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

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Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

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