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CULTURA

O massacre de Badajoz e o museu de Salazar

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos


No dia 14 de agosto de1936, em Badajoz, as tropas dos generais sediciosos comandadas por Francisco Franco escrevaram uma das páginas mais tenebrosas da ignomínia fascista na Guerra Civil de Espanha. À capitulação dos republicanos seguiram-se perseguições em massa e fuzilamentos indiscriminados. Salazar não só permitiu que falangistas entrassem em Portugal em perseguição de quem procurava escapar à morte, mas também colaborou devolvendo a Franco patriotas capturados pela polícia política portuguesa. Ainda hoje não se sabe ao certo quantos milhares foram metidos e executados na praça de touros da cidade. Factual: até enviados do III Reich a Espanha manifestaram estranheza perante Franco quanto à brutalidade exercida sobre os seus opositores políticos. Factual: Franco assinava ele próprio sentenças de morte. Factual: Franco ultrapassou Pol Pot do Cambodja no delírio assassino. Factual: Franco foi abençoado pela hierarquia da Igreja Católica e repousou como símbolo da Grande Espanha no Vale dos Caídos. Conclusão: Evidentemente que o museu de Salazar em Santa Comba Dão vai reavivar a memória deste horror. Vai?

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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