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CULTURA

Cinema e fascismo 20

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos

Atualizado: 22 de out. de 2023




No (2012) de Pablo Larraín. Em 1988, face à crescente pressão internacional, Pinochet tentou um plebiscito para se perpetuar no poder. 15 anos depois, portanto, do golpe militar que derrubara Allende instaurando uma ditadura sangrenta no Chile. É desse tempo que fala o filme de Larraín, um cineasta incómodo posto que nos seus filmes há sempre um olhar de algum modo oblíquo, uma rejeição do mundo a preto e branco. Sendo obviamente contrário à ditadura, explora aqui o sentido de uma campanha pelo Não feita em termos publicitários, segundo critérios consumistas. O Não, apesar das ameaças e da manipulação, acaba por sair vencedor e, dois anos mais tarde, abria-se uma nova página democrática no país. Só que a ideia vendida, a ideia vencedora, não foi apenas a democracia, ou melhor, foi a democracia embrulhada no celofane neoliberal. De tal modo que os Estados Unidos acabaram por apoiar financeiramente a campanha do Não para se verem livres da impopularidade do aliado Pinochet. E, claro, sem esse precioso apoio, Pinochet teve de aceitar o resultado do plebiscito. Gael García Bernal tem uma interpretação fabulosa no papel de guru da publicidade. É ele, aliás, o primeiro a perceber que alguma coisa mudara para que tudo ficasse, no essencial, na mesma. Acreditem, vale muito a pena ver este filme.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

Estático
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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

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     Criado por Isabel Campos 

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