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CULTURA

Cinema e fascismo 9

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 11 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 22 de out. de 2023



Fantasia Lusitana (2010) de João Canijo. Finalmente um documentário. Português. Porquê? Porque é mais do que tempo de falar do assunto. Nos últimos tempos não tem faltado quem afirme que em portugal nunca houve fascismo. Rui Rio, disse-o. Pulido Valente, também. E depois há toda aquela nata de articulistas do observador especialista em revisionismos e branqueamentos. Bem sei que há muitas maneiras de lidar com o tema e que os historiadores, ao longo do tempo, se têm debatido com diversas hipóteses. Para alguns, à direita, o Portugal de Salazar seria um mero regime autoritário. Fascistas mesmo só na Alemanha e na Itália. Bom, em Portugal é claro que houve fascismo. Aos mais cépticos, caso queiram ter uma ideia das coisas, faria bem verem o Jornal Português de Salazar, recentemente editado pela Cinemateca Portuguesa. Foi com base nessas imagens de arquivo que João Canijo fez o seu filme. Lisboa, durante a guerra, não só foi um lugar de convergência de espiões, mas também a cidade para onde milhares de refugiados se deslocavam na expectativa de aí partirem para os Estados Unidos. Erika Mann, filha de Thomas Mann, Alfred Döblin e Antoine de Saint-Exupéry passaram pela capital portuguesa e deixaram-nos textos dando conta do seu espanto face à bizarra noção de realidade dos portugueses. Os textos estão no filme, o qual, não por acaso, se chama Fantasia Lusitana. Vivamente recomendado.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

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Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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