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CULTURA

Cinema e fascismo 14

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos

Atualizado: 22 de out. de 2023



Os Malditos (1969) de Luchino Visconti. Este é um dos tais filmes inevitáveis quando se trata de fazer uma reflexão sobre o fascismo a partir do cinema. Longe de ser consensual - Pasolini, por exemplo, não lhe poupou críticas - a verdade é que Os Malditos tem a impressão digital de um dos grandes autores do século XX, mestre da mise-en-scène, perfeccionista de uma magnificência operática. A génese do nazismo em meados dos anos 20, a sua escalada rumo ao poder absoluto, à guerra e ao horror, aparece aqui através da história da família aristocrática dos Essenbeck. É também a história do apoio dos grandes industriais e do grande capital a Hitler, com todo o cortejo de taras que se vai revelando à medida em que a decadência se agrava e se torna irreversível. Como pano de fundo, Visconti evoca episódios cuja insanidade viria a constituir-se como matriz da doença do nacional socialismo. Por exemplo, a famigerada noite das facas longas. Quando fez o filme, o autor disse que o fazia para as gerações futuras, para aqueles que não conheceram o nazismo. A aceitação, a passividade, a inconsciência e a incapacidade de lutar são os piores do males, disse também. Nesse sentido, Os Malditos são para ver, rever e pensar.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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