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CULTURA

Cinema e fascismo 12

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos

Atualizado: 22 de out. de 2023



O Exército do Crime (2009) de Robert Guédiguian. Neste tempo da erosão da memória, do apagão da história e de uma fé irracional no absurdo soprada por organizações que operam na rede à escala planetária, este filme deve ser visto e revisto. Transporta-nos até à França de Pétain com as suas repugnantes misérias morais, mas também, e sobretudo, com os assombrosos actos de coragem dos homens e mulheres livres que lutaram pela liberdade. A história é baseada em factos reais. Um grupo de imigrantes de diversas nacionalidades auto-denominado FTP-MOI (Franc-Tireurs Partisans - Main d' Oeuvre Immigré) liderado pelo poeta arménio Missak Manouchian (Simon Abkarian) leva a cabo inúmeros atentados bem sucedidos contra os ocupantes alemães e o seus aliados colaboracionistas. A polícia francesa e a Gestapo chamam-lhe O Exército do Crime. Na foto os seus militantes, depois de torturados, são exibidos publicamente antes de serem fuzilados em 1944, estava a guerra perto do fim. O filme tem um claro ponto de vista e é tanto mais eficaz quanto é certo reflectir também as diferenças políticas no seio da própria Resistência, bem como as diferentes sensibilidades dos protagonistas, fazendo deles personagens poderosas e credíveis. Há um lição para o nosso tempo. A cegueira conveniente tende à cegueira absoluta. Auto-justificativa. Quando se relativiza o mal acaba-se sempre por lhe cair nos braços. Resta um caminho, sejam quais forem as perplexidades. Vejam.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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