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CULTURA

Cinema e fascismo 11

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos

Atualizado: 22 de out. de 2023



48 (2010) de Susana de Sousa Dias. Há filmes indispensáveis. Este é um deles. Nos últimos dias as questões do racismo e da xenofobia voltaram a abrir noticiários e fazer capas de jornais. O racismo e a xenofobia abandonaram o estado latende e deram lugar aos conteúdos manifestos. Bastou um simples pretexto para o país dos brandos costumes revelar uma outra face sombria até da parte de quem não se esperava. Este filme não toca especificamente nestas matérias, embora também passe por lá. Interpela-nos sobre o fascismo português. Ele existiu. Prendeu, oprimiu, torturou, censurou, aterrorizou, destruiu famílias, fez uma guerra sem futuro, teve forças militarizadas, miúdos enfiados em uniformes, saudações romanas e o indispensável ditador. 48 anos. Quase exclusivamente articulado em torno de fotografias cadastradas da PIDE, o filme serve-se do testemunho dos ex-pressos políticos em off, o que lhe dá uma força avassaladora. Exigente, arrojado, inovador no plano estético e várias vezes premiado 48 deveria fazer parte do plano nacional de cinema.

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

Estático
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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

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