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CULTURA

“Abaixo a inteligência! Viva a morte!”

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos


O sujeito do meio é o general Millán Astray. Cego de um olho, maneta e com outras maleitas resultantes de ferimentos em combate. Sim, ele era um legionário. Fascista. Em 1936, na universidade de Salamanca, os seus sicários gritaram: viva espanha! viva a morte! O reitor, o filósofo Miguel de Unamuno, então com 70 anos, disse estas palavras:

“Há pouco escutei um grito necrófilo e sem sentido: “Viva a morte!” E eu, que passei a minha vida dando forma a paradoxos, (…) devo dizer-lhes, como autoridade no assunto, que esse bizarro paradoxo me causa repulsa. O general Millán Astray é um inválido. Um inválido de guerra. Desafortunadamente, existem hoje demasiados inválidos em Espanha. Em breve haverá ainda mais se Deus não vier em nossa ajuda…” Millán Astray, que estava ao lado de Unamuno na tribuna, empurrou-o, e gritou: “Abaixo a inteligência! Viva a morte!” Deus não atendeu ao pedido de Unamuno. Altas figuras da igreja estavam presentes, mas trataram foi de assistir a devota dona Carmen, mulher do general Franco, tão abalada ela ficara com as palavras do filósofo Unamuno que, de resto, tinha visto com bons olhos o movimento do marido da senhora.



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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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