em abril, desfizemos a terra nas mãos, desfizemos a cama,
abrimos os olhos sobre o mundo em redor da casa,
despertamos o vento nos ciprestes,
reinventamos o sonho, abrimos as janelas e dissemos coisas
de bárbaros e partimos na vertigem do asfalto rasgado
como se um incandescente raio de sol,
súbito, nos revelasse a palavra,
e fomos.
26 de abril de 1974
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